A Secretaria Municipal de Gestão (SEGES) tem mais de 600 servidores e alguns deles ousaram se desafiar no último dia do ano participando do evento esportivo na cidade de São Paulo: a corrida de São Silvestre. A tradicional competição, que chegou à sua 98ª edição, reuniu mais uma vez uma multidão de corredores nas ruas e avenidas paulistanas, alguns dispostos apenas a fazer festa e outros com disposição para vencer seu percurso de 15 quilômetros.

Neste grupo estava João Paulo de Brito Greco, da Coordenadoria de Gestão de Bens e Serviços (COBES). Como outros tantos, ele começou a correr durante a pandemia, mas, diferente de muito, manteve o ritmo depois de superados aqueles dias de distanciamento social. Em dezembro de 2020 encarou sua primeira corrida (de sete quilômetros), não parou mais e tem planos de ir muito mais longe. “Desde que comecei, participei de várias competições, de cinco e dez quilômetros. Passei a treinar com mais regularidade, sempre buscando melhorar o tempo e me sentir mais confortável. Neste ano de 2023, decidi me desafiar e correr os 15 quilômetros da São Silvestre”, disse.

E João não foi o único representante de SEGES. Teve a companhia de Fernando Sola Neto Junior, do Arquivo Público Jornalista Paulo Roberto Dutra (ARQUIP). “No início de 2023 corri a Coffee Run e o sonho era terminar o ano correndo a São Silvestre. Era meu pontapé para um projeto maior, que é perder 60 quilos, pois estou meio gordinho e encontrei na corrida um meio para superar meu quadro atual”, ressaltou. Outra que usou a corrida para ressignificar a sua vida foi Fernanda Ferreira, da Assessoria de Comunicação da SEGES. “Passei por alguns momentos difíceis e o esporte me ajudou a recuperar a força de vontade e a alegria”.

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Com a palavra, Fernando Sola!

Sou uma pessoa que estou lutando contra os meus próprios limites. Em 2023 comecei correndo a Coffee Run, um percurso de cinco quilômetros, no Centro histórico de São Paulo, e tinha o sonho de terminar o ano com a São Silvestre. E consegui. Cobri os 15 quilômetros com um tempo líquido de 2h43min34, que me deixou na classificação 19.830. Sempre soube que iria completá-la. Minha única dúvida era em que condições estaria na linha de chegada. Mas terminei bem, apenas com as pernas um pouco doloridas. 

Todo este esforço faz parte de um projeto maior, que é perder 60 quilos. Tenho um metro e 85, hoje estou pesando 160 quilos. Portanto, encontrei na corrida um meio para superar meu quadro atual. Sempre pratiquei esportes. Infelizmente, fiquei um período lesionado, fato que também contribuiu para o meu ganho de peso. Foram oito meses sem poder colocar o pé no chão. Portanto, minha motivação é a saúde e, nesta busca, venho investindo em caminhada, trote e ciclismo. Não estou nesta sozinho, pois tenho o apoio de pessoas fundamentais na minha vida, como a minha noiva, Karina, que também tem sido minha parceira de corrida.

Com a palavra, Fernanda Ferreira

Passei por alguns momentos difíceis e o esporte me ajudou a recuperar a força de vontade e a alegria. Sempre gostei de atividade física, e começar a correr me ajudou a superar vários desafios. 

A São Silvestre sem dúvida foi uma das maiores vitórias da minha vida e a energia da corrida é surreal. O tempo todo vemos as pessoas felizes, se divertindo, encorajando umas as outras, mesmo sem se conhecerem. É maravilhoso ver tanta empatia reunida em um só lugar. Ouvi muito que era loucura participar dela tão cedo. Mas meu objetivo nunca foi vencer, e sim concluir a prova. Então me sinto muito grata por ter tido essa oportunidade. É algo único e maravilhoso! 

Com a palavra, João Greco!

Durante minha juventude e já na idade adulta, sempre pratiquei esportes, sendo na maior parte do tempo o futebol. É uma atividade que, além de manter a saúde física, permitia-me encontrar os amigos e pessoas com quem já não convivia diariamente. Porém, em 2020, durante a fase mais aguda da pandemia, com a impossibilidade de jogar bola, procurei uma atividade física que pudesse ser realizada respeitando o isolamento social e em ambientes abertos, para minimizar os riscos de contágio pelo coronavírus. Foi quando comecei a praticar corrida de rua e também encontrei muito prazer, embora fosse mais desgastante. 

Em dezembro daquele mesmo ano, participei da minha primeira corrida – ainda com isolamento e sem uma largada com todos os participantes, mas com cada um correndo no seu próprio percurso. Nessa estreia, foram sete quilômetros percorridos em um ritmo relativamente lento. De lá para cá, participei de várias competições, de cinco e dez quilômetros, e passei a treinar com mais regularidade, sempre buscando melhorar o tempo e me sentir mais confortável. Foi por conta deste histórico que, em 2023, senti-me preparado para me desafiar e correr os 15 quilômetros da São Silvestre, a corrida de rua mais tradicional de São Paulo, cujo trajeto passa por tantos lugares históricos que fazem parte da memória da cidade.